domingo, 5 de agosto de 2012

s e gr e d o .

São sonhos acordados que acontecem pela noite dentro. Sonhos que muitas vezes se tornam em pesadelos incontornáveis que elevam a paixão e a revolta, o ódio e a atração. São pequenos momentos que seduzem. Que glorificam. 
Mas quando tudo acaba, é pior que a solidão extrema. Os sorrisos apagam-se como meras lâmpadas de candeeiros de mesa. A euforia antes grandiosa, torna-se vazia, e fica pequenina como um grão de areia que voa pelo imenso deserto fora. A única diferença é que enquanto o grão é livre, a euforia é prisioneira de si própria. 

Não há como explicar. É como passar do quente para o frio, do branco para o preto, do bonito para o feio, do dia para a noite, mas tudo tão de repente. 
É toda uma adrenalina que se encontra por cima daquela cama, debaixo daqueles lençóis e que se tende a esconder para o mundo. Que tem vergonha de si própria. E medo dos intrusos. E que se quer calar para o sempre.

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