quinta-feira, 30 de junho de 2011

A verdadeira verdade

Um dia, talvez um dia, saiba dar o verdadeiro valor à vida. Mas agora, não passo de um qualquer que tenta lutar pelos seus direitos sem se lembrar ou importar primeiro com os seus deveres. A maioria das pessoas pensa que sou como um santinho, uma pessoa humilde, que ajuda e vive para a comunidade. Que se importa com os outros, que dá valor à vida, não só ao amor, à comida, mas a todo o seu ser. Que pensa nos outros antes de pensar em si, que deixa de fazer para ajudar ou dar aos outros. 

Mas sejamos sinceros... Serei mesmo isso? Nem eu próprio sei. Em mim vejo uma pessoa como as outras que tem mais do que uma faceta, por mais que o não queira admitir. Que muitas vezes é invejoso e pensa primeiro em si e só depois nos outros. Não tenho medo de admitir que muitas vezes sou um covarde, que em vez de enfrentar os problemas fujo deles e livro-me deles, como quem se livra de um saco do lixo roto e esfarrapado de à uma semana atrás. Tenho 14 anos, e sei que são catorze anos de vida cheios de altos e baixos, que para muita gente podem parecer meros catorze aninhos, mas que para mim foram os 14 anos mais difíceis da minha vida. Muitos dizem que esta é a idade da parvalheira, mas mais uma vez eles próprios falam dos outros sem olharem primeiro para si. Quem será o mau da fita no meio disto tudo? Serão os adolescentes? Ou serão também os adultos? Sim, porque toda a gente comete e erros, e contra isso nada, porque errar é humano. Mas mais uma vez reflictamos sobre tudo isto. Terá de ser uma criança castigada e prejudicada só por ser criança?
Imaginemos que um adolescente fugia de casa, os pais ficavam preocupadíssimos, telefonavam para a polícia e mais tarde vinham a saber que este parava na esquina do quarteirão da casa, dentro de um casebre a cair de podre a dormir juntamente com um gato. 
Agora imaginemos esta história com um adulto, um pai. Os filhos ficavam preocupadíssimos, telefonavam para a polícia e mais tarde vinham a saber que este parava na esquina do quarteirão da casa, dentro de um casebre a cair de podre a dormir juntamente com um gato. 
Provavelmente o adolescente iria ser castigado, ficava sem computador, sem televisão telemóvel, mesada... e nem o direito tinha de se defender.
O adulto vinha com a desculpa de que andava com problemas na vida e precisava de espairecer sem que ninguém o incomodasse, dito isto a situação seria compreendida, e tudo voltava ao normal.
A diferença entre estes dois casos é que a criança só por ser criança não teria quaisquer justificações para o fazer e nem se quer teria hipótese de se defender, ao contrário do adulto que com a mínima desculpa seria desculpado. 
E agora? Ainda será que pensa que só os adolescentes é que estão na idade da parvalheira... Se pensa está muito enganado, porque todos nós somos iguais, temos é de saber lidar com a vida e com os problemas de uma forma mais espontânea e natural, não há luta, não fugindo dos problemas, mas sim encarando-os. O diálogo é a forma mais simples de uma pessoa se exprimir e ser compreendida e assim resolver os seus problemas. Mas atenção é preciso saber ouvir também! Se todos pensassem e agissem assim, o nosso mundo seria muito melhor, e poderia haver uma estabilidade física e sentimental mais equilibrada, onde todos tínhamos os mesmos direitos e deveres.