quinta-feira, 8 de julho de 2010

Partiste ontem, e parece que já foi à um mês, a cada segundo que passa o batimento do meu coração acelera sem fim, esta ansiedade de te voltar a ver...
Espero que estejas bem, confesso que tenho receio de que a viagem não tenha corrido bem, pois ainda não falei contigo desde a partida.
Às vezes penso se não seria mais fácil se eu estivesse aí contigo, pelo menos para mim seria um alivio saber que estás bem. A minha pobre esperança está cada vez mais rica, até ao ponto de pensar que talvez possas ser a tal. Mas apesar de tudo sinto medo da tua negação. Tudo seria tão mais fácil, se eu pelo menos uma vez na vida não me acobardace. Não tem designação possível, longe de ti e na escuridão o meu pensamento voa para além daquilo que alguma vez seria possível, mas ao pé de ti sinto-me um simples e singelo rato do campo, pobre e sujo, das lágrimas e do suor, do nervosismo e da tentação.
Por fim volto, e reflicto, penso que cada passo que dei foi um erro, poderia ter feito as coisas de outra maneira, mais simples e eficazes. Tudo seria então mais natural e mais soberano da realidade fútil e inesperada.
Sinto o teu pequeno olhar e choro por ele, sinto o teu aroma e não o resisto. Todo esse irresistível ser, toda essa harmonia, essa pura tentação.
É difícil conseguir resistir a esse charmoso poder. Mas simplesmente não o tenho apenas o quero ter.

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